No meu tempo de criança, dentro de uma vila pequenina.
Com uma capela no alto da colina, onde o padre ditava a missa nos domingos.
E me prostro de joelhos a orar, agradecendo por mais aquele dia,
De minha vida tão simpleszinha, correndo de um lado a outro,
Ate me cansar de tanto reinar.
No fundo uma usina de pedra gerando energia para o porto de Santos e Guarujá
Duas fileiras de casa modesta formando uma pequena vila,
Sem carros pelas ruas, só criança a brincar,
Livre sem se ferir e os pais sem se preocupar.
Vida boa no pé de montanha gigantesca, com varias cachoeiras em suas grotas.
De um salto vou nadar nas águas frias de suas corredeiras,
Profundas e cristalinas e a natureza a acalentar.
Uma escola em outra colina onde eu ia todo dia aprender o b, a, ba.
Dona Carminha e Éster grande companheiras,
Com instinto afinado só para ensinar.
O trem pelos trilhos a rodar, o contato da roda com trilho,
Junto com a sirene tocando, mas uma melodia no ar.
O cinema nem te conto, filme quando tinha e de dez anos atraz.
O carnaval era bom, tinha bloco na rua e no salão a pular,
Éramos todos amigos, ninguém feria, a folia só alegria no ar.
O natal dos amigos um na casa do outro só para visitar,
Mesa farta na casa de todos não tinha como invejar.
Mas um dia chegou à hora e meu paraíso abandonar,
Guardo tudo na lembrança, o meu s tempo de criança,
De uma vida que deixei lá.
Não me atrevo a voltar, temendo não encontrar,
A terra de minha infância, e de meus sonhos se apagar.
Dalmo 29/02/08
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