Solidão.

Quando se sentires só
Não se derrame em prantos.
Erga a cabeça,
Enxugue as lágrimas do rosto
Olhe em volta de si.
Se tem bondade
Sempre terá alguém ao seu redor.
Nessa vida sempre há quem nos quer bem.
Não precisamos procurar longe,
Mesmo que não encontre
Alguém te encontrará.
Basta esperar um pouco
Manter-se fiel aos seus princípios,
Cuidando do brio do seu orgulho sereno.
Deite-se à sombra e sonhe,
Com tudo o que mais suplica
Tens até o direito de ser imortal
Fazer todos os seus passos florescerem
Acariciar o vento com as próprias mãos,
Iluminar a noite com seu brilho.
Poderá ter tudo aos seus pés.
Quando acordar, se sentirá poderoso,
Mas sonhaste grande demais.
Deite-se tente adormecer outra vez,
Agora sonhe pequeno,
Não crie fantasias irreais
Crie só coisas nobres e belas
Coisas que pode alcançar
Sem precisar de poder algum.
Agora acordarás orgulhoso.
Tendo paz e harmonia
Talvez seja tudo que envolve
Uma grande solidão.



Dalmo – 31 de maio de 1993.