Voando livre pelo espaço,
Cauteloso, inquieto, procurando.
Um abrigo antes de chegar a tempestade.
Com o seu barulho ao longe, já me apavorando.
Fazendo me sentir tão pequeno diante de tanto poder.
Encontro um pequeno ramo, que me dá proteção.
Mas o medo de estar ali sozinho não deixa que as horas passe
E o barulho aumenta mais ao se aproximar de mim.
Olho para baixo, um pequeno buraco próximo ao solo.
E as chuvas sem piedade chegam castigando sem dó,
E aos poucos o solo, encharcado,
Transforma-se em uma grande inundação.
E eu ali.
O medo cada vez mais me apavora,
Aí, a vejo saindo do buraco,
Toda molhada, fazendo de tudo para se safar daquele pesadelo.
Nasce dentro de mim uma força irreconhecível por mim,
Lanço-me em sua direção,
Ao alcançar, apos muito esforço ouço um sussurro.
_Obrigado querido!
E a sua voz já fez parte de mim,
No fundo da minha alma.
Hoje agradeço a Deus pela tempestade,
Porque sem ela não estaria tão feliz,
Perto de quem amo.
Tudo na vida tem um propósito
Para que seu destino se complete
E isso nos da força para vencer.
Dalmo 10 outubro 2006
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