No esplendor tudo escurece,
Chega o fim de mais um dia.
Aves procuram seu ninho de amor,
Animais voltam para suas grutas e adormecem.
O orvalho cobre as folhas
Com gotículas minúsculas,
Parecem lágrimas da noite.
Lágrimas de alguém que perdeu seu amor
Sentindo-se só na imensidão.
A solidão dura pouco
Logo encontrará alguém.
Seres se abraçam em ternura,
Unem suas fantasias em beijos
Fazendo dela espelhos para a eternidade.
Buscam caricias em seus corpos,
Agonizam seus delírios
Fazendo dele um só suspiro,
Suspiros de felicidade.
Tudo em volta é silencio
A noite ajuda seu corpo navegar
Para o céu cheio de estrelas.
Sentir no seu corpo o frescor do luar,
Luar em ouro que tudo encanta,
Fazendo sentir-se criança.
Refletem seus raios resplandecentes
Ao som de arpas angelicais,
A noite vai de mansinho,
O sol não tarda a chegar.
Mas o amor é tão fiel
Não deixando o tempo passar,
Mantendo você feliz,
Ao lado de quem você quer estar.
Dalmo – 08 de junho de 1993.
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