Na estrada o vento batendo
Em meu pára-brisa
Com uma força sem igual,
Como se quisessem romper os vidros
Que me separava daquele tormento.
Parei o carro sobre uma grama úmida
Pegando em suas mãos tremulas.
Puxei-a para meus braços
E um caloroso afago te dei.
Senti as batidas do seu coração descompassado.
Em meio aos carinhos,
A calma entre nós silencia.
Mal escuto o que se passa lá fora
E o nosso coração acelera,
Não de medo, mas de amor.
E descompassado, desgovernado, dominado.
E ali em meio à tempestade
Flui de nos a maior emoção terna.
Só quem ama de verdade pode entender,
Mas não consegue explicar o que digo.
Porque amar é viver, é sonhar,
É dividir até o medo.
É junto sonhar com a riqueza e a beleza
Que se doa com carisma
Em nosso coração.
Dalmo 23/11/2007
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