Por cima de trapiche, muito já caminhei,
Levando e trazendo fortuna, fantasia e sonho,
De tudo que nos meus ombros já lombei,
Sem importar com cansaço,
E com o sol ardendo em minha pele,
Sobre as feridas vivas dos açoites,
Sem escolha para mudar meu destino.
Os anos se passaram,
Após muita luta, com enormes perdas,
Hoje abolido eu sou,
Por cima do mesmo trapiche a caminhar,
Buscando o sustento de cada dia.
Agora tendo a indagar.
Se eu como escravo sofria?
Ou só mudei de lugar?
Pos acabou o açoite no tronco,
Mas o açoite da cor e raça,
Permanece viva ainda hoje pelo preconceito,
Em julgar que ainda e superior.
Hoje o chicote esta nas palavras,
E nos valores financeiro, que sobraram para mim,
Ficando eu submisso, em depender sempre de ti.
Mas acredito na justiça divina.
Pos a vaidade e a cúbica,
E como água impura que polui,
E ao ser filtrado pela terra,
Chegam pura e cristalina no mar.
Dalmo 23/10/2007
Alex
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